Olá, cafezeiros! Sejam bem-vindos a mais uma resenha do Café
Não Faia! O assunto de hoje é literatura! Como acompanharam no nosso instagram,
estive, recentemente, no lançamento do livro “É um bom título”, do jornalista,
professor e escritor Paulo Paniago. O evento ocorreu no Café Objeto Encontrado,
que tem excelentes e variadas opções de café para nos deliciar, além de
comidinhas, cervejas artesanais e muito mais!
Mais indo ao principal assunto de hoje, o livro “É um
bom título”, a publicação tem título, textos e propostas bem interessantes. Logo nas primeiras, Paulo Paniago nos mostra que para tudo na vida, tem que ter um título. Segundo
ele, até a nossa vida tem que ter um, nós temos um: o nosso nome. Ainda de
acordo com o autor, é essa a nossa principal apresentação, “toda vez que uma
pessoa declina o próprio nome ao ser apresentada para outra ela dá o recado:
esse é o título que você deve usar quando se dirigir a minha pessoa”.
O livro consegue contar longas histórias em, no máximo, duas páginas. Vou citar alguns exemplos, só para deixar vocês mais curiosos. No título “Sorriso na Face” ele consegue narrar a história de um palhaço, que se apaixona por uma equilibrista, que fugiu com o atirador de facas para um circo concorrente. Ele dá um jeito de ir até esse circo e se vinga de uma forma bem elaborada. Imaginei tudo o que aconteceu nesta trama na minha cabeça, que tem mais episódios no meio.
Cheguei até a sorrir da astúcia dele, mal sabia eu que, mais a frente, tinha mais dessas no livro. Na “autografia não autorizada” o fim
deixa um questionamento. Termina assim mesmo? Seria uma provocação? Quer saber? Tem que ler!
Pelo
livro, o autor critica algumas profissões, hábitos nossos de cada dia,
personagens da história, pensamentos comuns da sociedade, fala de tudo e todos, coisas que, acredito eu, ele desejava fazer a muito tempo. Nem Deus e o Diabo escaparam. O livro também dá – direta ou indiretamente – algumas lições
de vida. É o caso do título “Remorso é veneno” e “Infra filosofia do
cotidiano” e tantos outros. Só para citar, o primeiro é um tapa na cara de quem
vive com remorso e, com isso, acaba não vivendo de fato. No segundo, ele nos
mostra como estamos DESconectados, vazios e banais na atualidade! Tudo isso,
uma página e meia! As vezes, as lições de moral vêm em meia página, acreditem!
O autor faz uma costura de boas referências de importantes
escritores nacionais e internacionais. Entre os mais citados, estão o romancista
policial norte-americano Lawrence Block, os espanhóis Enrique Vila-Matas e Miguel de Cervantes, Miguel os brasileiros
Campos de Carvalho e Ruy Castro, sem falar de Freud, Dostoiévski, entre tantos outros. Além disso, o livro também proporciona uma
viagem pelo dicionário brasileiro. Afinal, o autor adora utilizar palavras nada
comuns do nosso “palavriado cotidiano” para enfatizar algumas questões nos textos.
Para mim, é um bom título, é um bom livro! Uma leitura pra lá de diferente, divertida, leve e, por isso, dá para ler em uma sentada num cafezinho da cidade!
Meus títulos:
Para mim, é um bom título, é um bom livro! Uma leitura pra lá de diferente, divertida, leve e, por isso, dá para ler em uma sentada num cafezinho da cidade!
Meus títulos:
Em vários momentos, o livro sugere que façamos títulos para
o nosso dia, para a nossa vida. Então, seguem minhas sugestões:
Meus dias: "Entre cafés, blocos e pincéis"
Minha vida: "A menina que adora pintar e amar"
Minhas sugestões de título para o livro: tarefa nada fácil, mas vamos lá:
"A vida por traz dos títulos”, "Pequenas
páginas de grandes histórias”, "O escritor que era aficionado por títulos”, "Tudo junto, misturado e resumido". Bem, vou parar por aqui! E você, qual título daria a essa obra?
Sobre o Autor:
Sobre o Autor:
Paulo Paniago é jornalista, professor de jornalismo na Universidade de Brasília e, mais recentemente, escritor. Paulo sempre gostou de literatura, participante ativo das feiras literárias do país, leitor praticante (viciado, rs), crítico ferrenho de algumas públicações, tanto pelo lado positivo, quando pelo lado negativo. Mas foi apenas depois de entrar na UnB que pode se dedicar mais e deixar falar mais alto o autor que sempre existiu dentro dele. Segundo ele, "É um bom título" é apenas uma das várias produções que fez desde que entrou na Universidade de Brasília. "Tem mais nove prontos para sair do forno", comentou ele com sorriso de orelha a orelha, no lançamento da sua primeira publicação. Uma figura!
Sobre o Café Objeto Encontrado:
Este encanto de lugar, que é também uma galeria de arte, fica na 102 Norte, próximo à Casa das Artes. É bem localizado, por isso, super fácil de encontrar. Lá, tomei dois tipos de Coado, um Hário V60 e um Bravilor, os dois são boas opções para quem gosta de uma café mais leve e fraco. Lá pedi, ainda, uma cheesecake de framboesa, uma delícia. Torta saborosa e leve. O Objeto Encontrado fica aberto de segunda à sábado, das 12h às 23h. Aceita todos os tipos de pagamento.